terça-feira, 27 de março de 2018

Você não tem orgasmo porque sexo é pecado, sujo e feio! Escola da Mulher...





Você fica a vida inteira acreditando que sexo é pecado, é feio e é sujo. E quando você casa tem fazer algo feio, sujo e pecaminoso com o amor de sua vida? Não me admira as mulheres não terem orgasmos...

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quinta-feira, 15 de março de 2018

SEXO, INTIMIDADE: RESPOSTA SEXUAL FEMININA

No ano de 1966, a população norte-americana foi surpreendida por uma pesquisa inovadora e polêmica, publicada no livro “A resposta sexual humana”, de autoria do casal Masters e Johnson. Esse projeto possuía como método de coleta de dados a observação em tempo real de casais tendo relações sexuais, algo impensável e imoral para a época. Os estudos levaram o casal de pesquisadores a delinear um modelo de resposta sexual comum para homens e mulheres, que consistia em quatro fases:
Apetência (ou desejo, segundo Kaplan, outra promissora sexóloga)Segundo os pesquisadores é uma etapa subjetiva, com poucas manifestações externas. É uma fase de caráter psicológico, com poucas alterações no corpo. Inicia com os primeiros pensamentos associados ao sexo ou após a percepção de algum estímulo externo, como uma investida do parceiro(a) ou uma imagem na tv etc. Alguns distúrbios associados às deficiências nessa fase são o desejo hipoativo e o desejo sexual deficiente.
ExcitaçãoA excitação cresce de maneira gradativa, no caso dos homens a ereção vai se instalando, junto a um aumento na frequência cardíaca e na vasocongestão. Nas mulheres é frequente um aumento na lubrificação vaginal, sensação de rubor na face, rigidez nos mamilos, entre outros sinais. O desejo de avançar na relação sexual aumenta nessa etapa. Aqui costumamos nos deparar com a disfunção erétil, o vaginismo e a falta de excitação quando essa fase não acontece de maneira espontânea.
OrgasmoÉ a fase das contrações musculares reflexas, o êxtase da relação sexual. É caracterizada por uma forte sensação de prazer sexual, perda dos sentidos, além de um “desligamento” com relação ao mundo externo, um tipo de “torpor” sensorial. Ejaculação precoce (ejaculação rápida), ejaculação retrógrada (ausência ou dificuldade em ejacular) e pré-orgasmia (ausência ou dificuldade em atingir o orgasmo) costumam se manifestar nessa fase.
Relaxamento (ou resolução segundo Masters e Johnson) Trata-se do relaxamento pós orgasmo que tanto homens quanto mulheres experimentam, acompanhado de uma sensação de alívio mental e físico. De maneira geral, os homens relatam um forte cansaço pós orgasmo, possivelmente em decorrência da energia gasta durante o processo de ejaculação. Nas mulheres, a etapa da resolução costuma ser mais curta e flexível, permitindo intervalos menores entre as relações.
Essas quatro etapas eram (ainda são) comumente aceitas por parte dos sexólogos. Porém, com o passar do tempo, o esquema de quatro fases passou a não sustentar e explicar os pequenos detalhes da excitação feminina.
O modelo descrito acima foi fundamental para a compreensão dos aspectos físicos envolvidos na experiência sexual. Contudo, ainda apresentava algumas incongruências, já que não levava em conta os aspectos mais subjetivos e individuais da resposta sexual feminina, assim como a influência de experiências sexuais anteriores.
Em 1999, após uma conferência internacional com aproximadamente 20 especialistas renomados em sexualidade feminina, tornou-se notável a urgência do desenvolvimento de um novo ciclo de resposta sexual feminina.
É nesse momento que surge uma das sexólogas mais inspiradas e inflamadas de nossa época: Rosemary Basson, psiquiatra canadense associada ao centro de sexualidade da Universidade de British Columbia, em Vancouver. Ela foi responsável por desenvolver um modelo que valoriza a resposta e a receptividade feminina, deduzindo que para muitas mulheres o desejo por intimidade, em vez de um impulso biológico, é o responsável por dar o “start” no ciclo de resposta sexual.
Basson constrói assim um novo esquema que incorpora a importância da ligação afetiva, do estímulo sexual/sensorial e da satisfação no relacionamento. Esse esquema parte do princípio de que o ciclo sexual feminino ocorre de uma maneira mais complexa do que o funcionamento masculino, já que o funcionamento feminino é dramaticamente afetado por uma série de aspectos psíquicos (autoimagem, experiências sexuais negativas prévias, satisfação conjugal etc).
Segundo sua proposta, os esquemas que servem tanto para homens quanto para mulheres são aplicáveis apenas para mulheres que estão no início de um relacionamento afetivo/sexual. Na medida em que o tempo passa, o quadro muda, já que as respostas femininas surgem mais da necessidade de intimidade do que especificamente de uma estimulação sexual física.
A motivação para que as mulheres procurem sexo se baseia em recompensas não necessariamente/exclusivamente sexuais, como o contato, a intimidade e a intenção de agradar o parceiro. Estes fatores são, para elas, mais relevantes que a satisfação sexual física/biológica que, para os homens, é o principal agente motivador. Não estou afirmando que eles também não possuam eventos não sexuais como motivações secundárias, mas esses não são o fator principal para buscarem sexo.
Sua pesquisa vai além, ao afirmar que a mulher pode sair de um estado de neutralidade sexual (é importante frisar que neutralidade sexual é diferente de aversão sexual) e, movida pela recompensa da intimidade emocional e da satisfação do parceiro(a), ativar seu ciclo de resposta sexual, tornando-se aberta aos estímulos que possam despertar seu desejo erótico (beijos, abraços, massagem, sexo oral, carícias não genitais etc). Assim que a apetência sexual surge, a abertura aos estímulos sexuais aumenta e a excitação acompanha.
No momento em que a mulher se encontra em neutralidade sexual, ela procura estímulos de caráter erótico, visando atingir um conjunto de recompensas que aumentem a intimidade emocional com o parceiro, e assim, entra na vivência sexual, sente excitação psicológica e desejo sexual, o que acaba por provocar excitação sexual física (lubrificação, taquicardia, tensão muscular etc).
Basson costumava dizer que, mesmo com desejo e excitação, uma mulher com mágoa ou ressentimento pelo parceiro(a) pode se esquivar e sabotar seu ciclo de resposta sexual, impedindo a continuidade da estimulação sexual, e, consequentemente, da relação sexual como um todo.
Fatores interpessoais não sexuais ditam a disposição da mulher para a relação sexual, a ponto de fazer com que os aspectos orgânicos e hormonais sejam menos importantes em relacionamentos de maior duração e estabilidade.
Em boa parte das situações, a mulher leva em conta tanto o próprio estímulo sexual que está chegando até ela, quanto o contexto em que este estímulo surge. No modelo circular proposto por Basson, a resposta da mulher é iniciada pela possibilidade do ganho não sexual aumentar a intimidade sexual com o parceiro(a), o que a faz procurar, espontaneamente, algum conteúdo capaz de lhe estimular.
O esquema abaixo demonstra de forma gráfica a natureza circular do ciclo de resposta sexual da mulher. Lembre-se que trata-se de um ciclo, que pode iniciar em qualquer etapa, diferente do modelo fásico proposto por Masters e Johnson.
modelo circular
Ainda temos muito a avançar e a desvendar sobre o funcionamento sexual da mulher. A proposta de Basson não é uma hipótese inquestionável, e nem deve servir como uma camisa de força para as mulheres, mas é a hipótese mais aceita nos consultórios de sexologia e medicina sexual no mundo todo.
Só a título de curiosidade: as críticas ao modelo desenvolvido por Basson são, de maneira geral, mais embasadas em seu posicionamento político pessoal do que à qualidade teórica de sua proposta, sendo muitas vezes acusada de feia, de perverter os valores familiares, entre outras injúrias que pouco tinham a ver com sua habilidade intelectual.
Viva e atuante até hoje, Basson é uma voz dissonante e revolucionária, seja na luta por condições igualitárias de trabalho, seja no campo dos direitos humanos, na luta pela autonomia da mulher sobre seu próprio corpo e na busca por novos caminhos para a relação homem e mulher.
Caso lhe interesse, não deixe de procurar conhecer melhor sua vida e obra, há muito a ser aprendido com a trajetória de Basson, principalmente em dias confusos como os atuais.

Fonte: https://bemseparadas.com.br/resposta-sexual-feminina/


Sobre a Sexóloga, Escritora e Terapeuta Grazielle Vieira:

Sexóloga, Educadora Sexual, Escritora, Terapeuta, e Positive Coach Grazielle Vieira: no mercado desde 2000

Personal, Professional, Leader, Career e Positive Coaching - SBCoaching.

Bacharel em Linguística pela Universidade Federal de Goiás- UFG.
Graduanda em Fisioterapia. Pós-graduada em Sexualidade.
Pós-graduada em MBA Marketing e Inteligência Competitiva.
Pós-graduanda em Docência de Gênero e Sexualidade.
Pós-graduanda em Fisioterapia na Saúde da Mulher.
Pós-graduanda em Psicologia Sexual.

Terapeuta Holística desde 2000.

Palestrante, treinadora e consultora nas áreas de Bem estar e Qualidade de Vida, Positive Coaching, Redução de estresse, Coaching de Sexualidade, Autoestima, Relacionamento, Sexualidade, Saúde e Educação Sexual para Crianças, Adolescentes e Adultos.

Editora da Revista Beleza e Bem Estar.

Escritora de 3 livros:
“Neopompoar, a ginástica do prazer” editora Kelps
“Guia da Sedução: 20 maneiras de seduzir seu homem na cama”, editora Kelps.
"Planejamento Estratégico para a Vida" Editora Ser +, de São Paulo (artigo "Você vale + do que um Diamante").



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Clitóris e orgasmo feminino.

É impressionante como a ciência atual está direcionada para áreas relacionadas com algum retorno financeiro e não com o bem estar das pessoas. Um exemplo claro disso é a negligência científica sobre assuntos tão importantes como o órgão sexual feminino e o orgasmo feminino. A explicação sobre a polêmica do assunto e do raro financiamento para pesquisas nessas áreas está associada claramente ao fato da nossa sociedade ser patriarcal e machista, além de vários outros aspectos sociais envolvidos. Porém, aqui no blog Cientistas Feministas esses assuntos devem constar, e hoje nós vamos falar das últimas publicações sobre esses tabus sociais e científicos. Vamos lá!
O interesse pela função sexual feminina documentado se inicia com os trabalhos de Hippocrates (a.c. 400). No entanto, sobre o clitóris, especificamente, foi apenas no século XVI que os anatomistas Realdo Colombo e Gabriele Falloppio reivindicam a sua descoberta, sendo que nestes trabalhos pela primeira vez foi atribuída a função sexual a esta estrutura [1].
Seguindo a linha do tempo, os primeiros relatos mais precisos da anatomia do clitóris aconteceram só no século XIX e, durante o século XX, essa terminologia praticamente desapareceu dos textos médicos por 30 anos e só voltou a reaparecer com o surgimento do movimento feminista da época. A explicação para o desaparecimento de investigações sobre o tema foi relacionada ao surgimento dos trabalhos de Freud, nos quais ele afirmava que o orgasmo vaginal era superior ao orgasmo clitoriano. Freud dizia que a capacidade de atingir orgasmos vaginais era fundamental para o desenvolvimento psicológico de uma mulher. No entanto, a ideia foi refutada por trabalhos de Kinsey e Masters e Johnson [2]. Sim, os mesmos pesquisadores da série de TV Masters of Sex (Mestres do Sexo) que voltaremos a falar mais adiante.
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Master e Johnson. Fonte: Leonard McCombe—The LIFE Picture Collection/Getty Images.
Muitos artigos na internet descrevem o clitóris como um botãozinho de prazer, porém a verdade é que esta estrutura é muito maior do que se imagina, sendo esse botãozinho apenas a parte externa do órgão. E, ao contrário do que muitos textos apontam, a idade, a altura, o peso e uso de contraceptivos não afetam o tamanho do clitóris. A real representação do clitóris está sendo desvendada agora, com as principais pesquisas realizadas nos anos de 2005 [3], 2015 [2], 2017 [4], utilizando imagens de ressonância magnética, sendo os trabalhos pioneiros nesta área desenvolvidos pelo grupo de pesquisadores australianos liderados pela professora Helen O’Connell [3].
Clitoris anatomia
Histologicamente, o corpo do clitóris é semelhante ao pênis. Porém, esse órgão possui mais de oito mil terminações nervosas, o dobro do encontrado na glande (cabeça) do pênis. Os nervos estão na superfície externa do corpo, e os corpos do clitóris também são cercados por ramos nervosos, sendo que a maior concentração de pequenos nervos está dentro da glande do clitóris [2].

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Clitoris desenho fonte
Masters e Johnson investigaram o orgasmo humano na década de 1960 e criaram o termo “ciclo de resposta sexual humana”. Em seus trabalhos eles descreveram as fases sexuais como excitação, platô (plateau), orgasmo e resolução. Atualmente essas fases foram modificadas e podem ser identificadas como desejo, excitação, orgasmo e resolução. Em seus trabalhos os pesquisadores estudaram o comportamento de 694 voluntários (312 homens e 382 mulheres), após o acompanhamento de 10 mil relações e outros estímulos sexuais em condições de laboratório durante 11 anos de estudo. Masters e Johnson concluíram que as pessoas possuem uma constante tensão sexual humana, que só precisa ser estimulada para que o orgasmo seja alcançado. Porém, apesar de todas essas descrições científicas, é bem fácil de perceber que nem todas as mulheres passam por esse exato “ciclo de resposta” em suas relações sexuais e nem por esta exata sequência [2].
fases orgasmo 2O orgasmo é regulado por nervos somáticos e autônomos, ou seja, uma mistura de estímulos voluntários e involuntários [3]. E diferente dos homens, em que a testosterona desempenha o principal papel na resposta sexual, nas mulheres o estrogênio é o hormônio primário que rege a resposta fisiológica feminina. Os estudos apontam que o desenvolvimento da capacidade da mulher de obter orgasmos é gradual ao longo da vida, e a maioria das mulheres só consegue atingir o orgasmo após os vinte anos [2]. Além disso, as pesquisas relatam que mulheres que experienciam orgasmos tem uma saúde mental superior a mulheres que não passam por essa experiência [2]. E, percebendo todas essas imagens do clitóris é possível perceber algo em que a maioria dos cientistas atuais são muito enfáticos: o papel central do clitóris no orgasmo feminino é indiscutível.
Em relação ao orgasmo vaginal a discussão ainda é ativa, o canal vaginal não possui a mesma quantidade de inervação do clitóris, pelo motivo de sofrer uma grande expansão no parto. Além disso, 30 a 40% das mulheres afirmam nunca terem sentido na vida orgasmo vaginal sem uma estimulação direta ou indireta do clitóris. Adicionalmente, uma parcela de trabalhos relatam uma relação entre o prazer da penetração vaginal com uma estimulação do clitóris internamente a vagina. Assim, todos os estímulos se iniciariam no clitóris e posteriormente iriam para o cérebro através de um nervo chamado nervo pudendo.
pudental nerve
Entretanto, estudos com mulheres com diferentes graus de lesão da medula espinhal, com ferimentos que bloqueiam as vias nervosas que conectam a medula espinhal dos genitais ao cérebro, demonstraram que essas mulheres podiam sentir o momento em que a vagina e o colo do útero estavam sendo tocados. Algumas até experimentaram orgasmo, apesar do nervo pudendo ter sido rompido. Isso mesmo, você não leu errado. Mulheres com lesão da medula espinhal que não conseguiam sentir o clitóris, tiveram orgasmos por estimulação vaginal. Essa pesquisa constitui nos dias de hoje a melhor prova de que existem orgasmos vaginais. A explicação para isso pode ser a existência do nervo vago, que está situado fora da medula espinhal e carrega sensações da vagina para o cérebro [5].
Sobre ponto G (ponto Gräfenberg) e ejaculação feminina, a maioria dos estudos possuem uma baixa amostragem de casos e ainda hoje os resultados são inconclusivos. Assim, a existência de uma região específica mais sensível no interior da vagina que ao ser tocada provocaria orgasmos não foi comprovada pela ciência. Em um trabalho publicado na renomada revista Nature, pesquisadores italianos liderados pelo professor Emmanuele Jannini afirmam que seria mais adequado nomear a região anterior da vagina, junto com o clitóris e a uretra, de “clitourethrovaginal complexo ou CUV complexo”. Os pesquisadores ainda afirmam que a região distal da vagina está tão relacionada com o clitóris que é difícil afirmar que são duas estruturas separadas [6]. Já sobre a emissão de algum fluído feminino durante a atividade sexual, os cientistas afirmam que isto pode ser muito mais relacionado com uma pequena incontinência urinária (pelo relaxamento da uretra) no momento do sexo, a emissão de secreção das glândulas de Skene em resposta à excitação sexual ou orgasmo, ou a uma mistura de urina com secreções de Skene [2].
Sobre as diferenças da percepção do orgasmo no cérebro, os trabalhos do pesquisador Barry Komisaruk da Universidade Rutgers nos Estados Unidos trazem algumas explicações. A verdade é que o orgasmo consiste na ativação de muitas áreas do cérebro, fazendo com que a origem e as causas de toda essa ativação seja difícil de definir. Em relação às diferenças entre o orgasmo feminino e masculino os pesquisadores afirmam que as similaridades entre as sensações é muito maior do que as diferenças. Porém, após ocorrer um orgasmo, as coisas mudam de configuração: o cérebro masculino não responde imediatamente à estimulação sensorial adicional dos órgãos genitais, já o cérebro das mulheres continua a ser ativado. Essa pode ser a explicação do fato de algumas mulheres terem experiências com orgasmos múltiplos, e os homens não [7].
Na biologia evolutiva, o papel do orgasmo feminino ainda é motivo de muitos atritos. No último trabalho publicado (fev. 2017) como resposta ao Dr. Komisaruk, os biólogos Gunter Wagner e Mihaela Pavlicev discutem a origem e a função no orgasmo feminino. O que se tem certeza até agora é que o orgasmo feminino não é necessário para a reprodução e não traz para a espécie humana maiores taxas reprodutivas. Sabe-se que o orgasmo feminino é uma característica de um sistema fisiológico muito antigo, que foi responsável pela ovulação induzida por copulação. Um fato curioso é que em espécies que possuem esse tipo específico de ovulação todo o clitóris, incluindo a parte externa (glande), está localizada totalmente no interior do canal vaginal, provavelmente com estimulação direta e indireta através da parede vaginal durante a cópula. Assim, entender os motivos da transformação da genitália feminina para a parte externa em humanos, em conjunto com a fisiologia do ovário é um fato biológico que ainda precisa de explicação [8].
Infelizmente, ainda em 2017 a área de pesquisa sobre anatomia e orgasmo feminino é dominada por homens, mas nos últimos anos o número de publicações feitas por mulheres têm aumentado significativamente. Por fim, como disse o pesquisador italiano Emmanuele Jannini “Somos capazes de ir à lua, mas não entendemos o suficiente sobre nossos próprios corpos” [9]. Assim, em meio a tantas certezas e incertezas, a mensagem da maioria dos cientistas para cada uma das mulheres é: busque conhecer e entender quem você é hoje, porque provavelmente amanhã você será diferente, e não pense no corpo feminino como uma máquina que sempre irá responder da mesma forma.
Para saber mais, uma animação maravilhosa sobre o assunto é chamada “Le Clitoris”. E uvídeo inspirador do website TED sobre a relação entre o prazer feminino e a sociedade nos dias atuais é da jornalista Peggy Orenstein. Vale a pena conferir!
Referências
[1] Stringer MD, Becker I. Colombo and the clitoris. Eur. J. Obstet. Gynecol. Reprod. Biol., v. 151, p.130–133, 2010.
[2] Mazloomdoost, D., Pauls, R.N. A Comprehensive Review of the Clitoris and Its Role in Female Sexual Function. Sex. Med. Rev., v. 3, p. 245–263, 2015.
[3] O’Connell, H.E., Sanjeevan, K.V., Hutson, J.M. Anatomy of the Clitoris.  Journal of Urology, v.  174, 1189–1195, 2005. 
[4] Agarwal, M.D., Resnick, E.L., Mhuircheartaigh, J.N., Mortele, K.J. MR Imaging of the Female Perineum. Clitoris, Labia, and Introitus. Magn Reson Imaging Clin N Am (in press). 2017.
[5] Komisaruk, B. R., Gerdes, C. A. & Whipple, B. ‘Complete’ spinal cord injury does not block perceptual responses to genital selfstimulation in women. Arch. Neurol. 54,  1513–1520. 1997.
[6] Jannini, E.A.,  Buisson, O., Rubio-Casillas, A. Beyond the G‑spot: clitourethrovaginal complex anatomy in female orgasm. Nature Rev. Urol. (opinion). 2014.
[7] Komisaruk, B. R., Beyer-Flores, C. & Whipple, B. The science of orgasm (Johns Hopkins University Press, 2006).
[8] Pavlicev M, Wagner G. Origin, Function, and Effects of Female Orgasm: All Three are Different. J. Exp. Zool. (Mol. Dev. Evol.) 00B:1–5. 2017.
[9] BBC (Linda Geddes). The mystery of female orgasm. Disponível em: <http://www.bbc.com/future/story/20150625-the-mystery-of-the-female-orgasm>, 2015.

Fonte: https://cientistasfeministas.wordpress.com/tag/fisiologia-do-orgasmo/
Sobre a Sexóloga, Escritora e Terapeuta Grazielle Vieira:

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